terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mulheres Oprimidas por Cultura Islâmica

No Sudão, país do centro da África, um caso na Justiça chamou a atenção mundial. Uma mulher foi detida 3 de julho porque usava calça comprida. A polícia considerou a calça indecente.

É o crime cometido por ela foi ir contra o conservadorismo islâmico, que não permite que mulheres usem calças. As vestimentas são consideradas indecentes pelos sudaneses, onde somente os não muçulmanos não são obrigados a seguir a lei islâmica, que predomina na capital, Cartum.Lubna trabalha em um jornal da cidade e no Departamento de Imprensa da missão das Nações Unidas no Sudão e foi presa em um restaurante, por um grupo de policiais que escolhia a dedo as mulheres que queriam levar. Além dela, outras 12 mulheres na mesma situação foram encaminhadas a uma delegacia por usarem calças. Das 13 detidas, 10 receberam 10 chibatadas, porque eram do sul do país, onde a lei islâmica do Norte, a chamada a sharia, não é aplicada.
Os jornais diziam que Lubna é conhecida por suas críticas ao governo do país. Ela é autora de uma coluna semanal para jornais do país, chamada Kalam Rijal, que, na tradução literal significa "conversa de homem”, referindo-se ao preconceito que as mulheres sofrem até para se manifestarem diante de seus maridos, pais e filhos. Pela cultura islâmica, o que as mulheres falam costuma ser algo risível e não confiável.
Ontem foi o dia do julgamento. Lubna Hussein, de 43 anos, chegou à corte de Cartum com a mesma roupa que vestia no dia da prisão dela, em julho.
O tribunal condenou Lubna a um mês de prisão, mas a liberou das 40 chicotadas previstas na lei islâmica em vigor no Sudão. Do lado de fora, um ato de solidariedade: 40 mulheres protestaram vestindo calças compridas.
As mulheres não deve continuar ofuscada, a um tradição que as oprimem.

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